18/08/2023
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÔ ROSANGELA DE ANDRADE
PAUTA:
- Artigo de opinião - AULA 06 - O estudo da estrutura de um artigo de opinião:
• Opinião do autor;
• Argumentos;
• Conclusão.
*material digital retirado do CMSP.
"Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" (Cora Coralina)
15/08/2023
Pauta:* Aula 5 - Qual a sua opinião?
- Opinião e Coesão referencial.
Foco no conteúdo
É comum formarmos opiniões a respeito de fatos e acontecimentos, principalmente, quando interferem em nossas vidas.
Alguns textos que circulam na sociedade nos possibilitam conhecer como especialistas ou cidadãos comuns pensam e nos auxiliam a formar nossa opinião.
10/08/2023
Pauta:
* Aula 02 - Leitura e interpretação da Crônica "A difícil tarefa de comprar um videogame".
A Difícil Tarefa de Comprar um Videogame
Shirlei Pio Fernandes
-Vocês
têm internet? Sabem o que é wi-fi?
Foram
essas as perguntas que ouvimos de um vendedor de uma loja de eletrônicos em
dezembro de 2020, quando meu marido e eu saímos decididos de casa para fazer
uma surpresa de Natal aos nossos três filhos, comprando o objeto de desejo
deles: o videogame “top”, o da última geração do momento.
E foi
justamente para evitar qualquer constrangimento diante de vendedor de games
que, durante o caminho, tracei um plano. Comecei perguntando ao meu marido:
-
Eduardo, qual foi o último videogame que você teve?
- Nossa!
Um Atari!
Diante
dessa resposta eu disse:
- Sendo
assim, é melhor que eu converse com o vendedor. Meu último videogame foi um
Super Nintendo. Me lembro que, na época, eu mandava bem, sabia tudo o que
estava acontecendo, os segredos para passar as fases, os lançamentos etc.
Evidente que de lá para cá as coisas mudaram, evoluíram, mas o princípio dos
jogos... deve ter alguma semelhança.
Diante
dos fatos, concordamos que seria melhor que eu respondesse a fatídica pergunta
sobre os games. Além de tudo, até aquele momento, a gente se considerava um
casal moderno, antenado com as novidades. Pais de três
adolescentes, seguíamos atentos,
acompanhando, participando, tanto é que sabíamos até o nome do jogo que eles
desejavam. Isso nos deixava seguros, apesar de reconhecer que precisávamos
atualizar o nosso aplicativo interno, fazer um upgrade sobre os games que
faziam a cabeça da garotada no momento.
Entramos
na loja, olhando em volta, na hora, toda a segurança que a gente carregava, deu
lugar à sensação de não pertencimento ao mundo dos jogos, traduzida facilmente
pela dúvida “o que nós estamos fazendo aqui?”.
Mas fomos
em frente. Afinal, nossos filhos estavam aguardando ansiosamente o presente, e
decepcioná-los porque a gente não estava confortável naquele lugar tão
diferente do esperado, nem pensar, fora de cogitação.
O
vendedor se aproximou e a pergunta veio:
- Qual
foi o último videogame com o qual vocês tiveram contato?
Nossos
olhares se cruzaram, “tá vendo, como a gente acertou o que ele iria perguntar?”
Conforme o combinado, exerci o meu papel de jogadora mais atualizada e respondi:
- Super
Nintendo.
O
vendedor fez uma expressão de estranhamento, quase que demonstrando pena e
disse:
- Nossa!
De lá para cá muita coisa mudou.
Pensativo
em como podia ajudar aquele casal tão desatualizados do mundo dos jogos,
prosseguiu:
- Para
começar...vocês têm internet? Sabem o que é wi-fi?
Por
alguns segundos, olhei furiosa pra ele. Diante de tais perguntas, muitas coisas
se passaram pela minha cabeça. Gostaria de botar tudo pra fora, mas respirei
fundo, me contive, olhei para o rapaz e, com firmeza, respondi:
- Sim!
Nós sabemos o que é internet e wi-fi; fazemos uso de todas essas coisas e
outras mais. Só não jogamos videogame há algum tempo, mas somos pessoas
normais!
O rapaz percebendo minha convicção ou
pensando na sua comissão, pegou mais leve, deixou de lado o seu julgamento e a
conversa seguiu num ritmo amigável. Saímos da loja com o presente em mãos para
fazer alegria da garotada e a certeza do tanto que, nós pais, temos muuuuito de
aprender.
(*lição retirada do material digital do repositório do CMSP)